terça-feira, 29 de abril de 2008

Lupa na Carta Capital

1968, juventude e militância

Emiliano José

Este é um ano que 1968 volta à cena. Outra e mais uma vez. É o aniversário de 40 anos. 1968 já é um senhor respeitável. Com este senhor, o eterno retorno de um debate: o papel da juventude. E nessa discussão emerge sempre um acentuado saudosismo, que atinge tanto os mais velhos, aqueles que viveram aquele ano mágico-redentor, quanto os mais jovens, de alguns dos quais já ouvi o lamento por não tê-lo vivido. Alguns lamentam não ter tido a chance de ter nascido numa época em que pudessem enfrentar a ditadura.

Viver sob uma ditadura, creiam os mais jovens, não é uma experiência agradável. Muito ao contrário. O melhor mesmo, com todas as suas imperfeições, é a democracia. Não há um modo político que a substitua com vantagem. E não há a possibilidade de comparar épocas tão distintas – aquela, quando vivemos sob um regime de terror e medo, e esta, depois de 1985, quando o País pôde respirar, quando as contradições, bem ou mal, puderam ser enfrentadas à luz do dia.

Eu dizia, esses dias, em entrevista dada a Samuel, estudante da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia que fazia matéria para a revista Lupa, produzida pelos alunos, tratar-se de uma ousadia alguém tentar interpretar a atividade política da juventude dos dias atuais já tendo chegado à casa dos 60 anos de idade. Corria um risco muito grande, inclusive, talvez, o do saudosismo, pois, afinal, havia participado decisivamente do movimento estudantil de 1968.

Além disso, depois me dedicara à luta contra a ditadura, já clandestino, militando na Ação Popular, organização marxista que defendia a luta armada. Eram interpelações feitas a mim mesmo, para que evitasse esse saudosismo, que condeno. Não é que não se deva valorizar tudo o que foi feito naquele ano tão cheio de promessas, de expectativas redentoras – tudo o que ele representou como um momento de semeadura de sonhos, de esperanças, de utopias. Deve ser lembrado assim, à Walter Benjamin, como um ponto luminoso do passado, trazido ao presente, para que sejamos capazes de prosseguir em busca daqueles mesmos sonhos, em outras condições e circunstâncias. LEIA MAIS



Em breve, LUPA 5.


Meio e Mensagem

A Morte dos Lactobacilos Vivos
- Live Lactobacillus Dead -
O equilíbrio da flora intestinal está condenado!

Os Yakults estão sendo aniquilados. A causa é um vírus malígno disseminado pelos Iogurtes, seres superiores que dominam o mundo apenas pelo fato de terem sabores. Essa é a mirabolante história que permeia o "filme" A Morte dos Lactobacilos Vivos. Criado pela mente fértil do publicitário Tiago Lenartovicz para um trabalho de pós-graduação da Universidade Norte do Paraná o vídeo é sensação no youtube e tem até comunidade no orkut.

Confira o Trailer.



Visite a comunidade do vídeo - A Morte dos Lactobacilos Vivos

Por Marcel Ayres

sábado, 19 de abril de 2008

Cubo Mágico



Concurso de Criação

PROPAGANDA POLITICAMENTE INCORRETA!

Candidate-se a prefeito(a) de Salvador!

Envie um e-mail para lupa_cubomagico@yahoo.com.br, contendo:

seu nome e foto + nome do partido fictício + slogan de campanha + proposta(s) de campanha (entre 100 e 150 caracteres), resolução mínima de 300 dpi, p&b ou colorida, e arquivo tipo ".jpeg" para até 02-05-2008.

O Supremo Tribunal Eleitoral da Lupa escolherá os trabalhos mais originais, que disputarão a eleição para MELHOR SANTINHO através de cédulas de votação e do blog da revista.

Solte o político que há em você!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cartas do Leitor

Vejam abaixo alguns dos comentários enviados para o e-mail do Blog da Lupa.

Kátia Borges (Jornalista)

Olá, gostaria de agradecer o envio da Lupa 3. A revista está graficamente show, com pautas criativas e bons textos. Parabéns para toda a equipe de criação e edição. E um beijo especial para a professora Graciela.


Maria Elisa (Coordenadora de esporte e lazer da Pró-Reitoria de Extensão )

Senhores

Quem escreve é Maria Elisa Lemos, Coordenadora de esporte e lazer da Pró-Reitoria de Extensão e professora da FACED. Estamos organizando a "SEXTA ILUSTRADA" projeto de conferências que acontecerá na última sexta-feira de cada mês na Faced como tema "Corpo, Atividade física, Esporte e Saúde". Nos interessou bastante o trabalho apresentado na Facom do Le Parkour e gostaríamos de convidá-los para compor uma das mesas. É possível fornecer o contato do grupo?


Vina Torto

oi, tudo bom? Sou Vina. Sou de Aracaju mas atualmente moro em Ondina pois passei na seleção de mestrado da UFBA em comunicação no programa de cultura e sociedade. Bom, li o blog da revista lupa e amei! é bom saber que tem blogs com bons propósitos em divulgar eventos culturais da cidade.eu gostaria de saber se teria como eu dá uma entrevista pra revista pra divulgar o trabalho do meu projeto Piscodélicos e Psicóticos (PSI PSI), além de falar um pouco sobre a coluna de música que escrevo semanalmente no Cinform On line e do meu blog sobre biografias de artistas Sergipanos.Eu aguardo respostasMuito obrigado e parabéns.
Mande você também uma mensagem através do e-mail:

terça-feira, 8 de abril de 2008

Passepartout

Tangos para ouvir

por Graciela Natansohn
graciela71@gmail.com


"Meus tangos são para a gente ouvir, não para dançar". Quem diz é Luis Borda, talentoso violonista e tangueiro que, acreditem, era um rockeiro cabeludo nos anos 70. "Ave rock" chamava-se a sua banda de rock progressivo, como era moda na época.

Mas quem pensa que tango é coisa de "gente grande" está completamente enganado. Quem tiver a sorte de dar um pulinho em Buenos Aires e perseguir a trilha do tango, vai se surpreender com a quantidade de jovens com dreads e cabelo rastafari atacando o bandoneon com garra punk. Qualquer distraído vai achar que se trata de um grupo de reagge. Nadica de nada! Puro tango, pura raça piazzolana.

Passar do rock para o tango não é coisa infrequente em terras vizinhas. O som tipicamente portenho rejuvenesce dia-a-dia. Luis Borda – que já deve andar pelos 40 e tantos – representa essa geração eclética, multifacética, que trilhou por diversos caminhos musicais e estacionou no tango, para bem de todos e felicidade geral dos ouvintes. A fabulosa destreza com o violão passa completamente desapercebida quando interpreta. Nisso reside seu talento: você esquece da tensão dos dedos sobre o instrumento e navega nos sons da sua música.

Faz 13 anos que Luis Borda mora em Munchen, Alemanha. Passou por Salvador em março passado, convidado pelo Instituto Cervantes para seu ciclo "Guitarríssimo". Antes disso, passou por Brasília, Curitiba, São Paulo. Herdeiro do legado de Piazzola, não apenas interpreta como é uns dos poucos músicos contemporâneos que compõe tangos. Tocou com gente de peso, como Rodolfo Mederos – quem passou pelo TCA em 1998 - e Dino Saluzzi . Com Mederos, tocou no São Paulo – Montreux Jazz Festival, em 78. "Foi inesquecível! – diz – "Toquei no mesmo cenário que 'monstros' como Joe Pass, Dexter Gordon, Betty Carter, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti".

Em conversa com Lupa, no Cervantes, confessou: "Não me preocupa o que funciona melhor no mercado (musical). Meu público não é parte de um mercado, não me preocupam quantos são. Basta que uma pessoa queira me ouvir". Quem quiser dançar tango, então, vai procurar em outra parte.

Orientacion Live


Luis Borda-Roman Bunka-Jost Hecker ao vivo.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Confira!

Exposição Fotográfica - Boneca Sai da Caixa