Por Anaísa Freitas e Monique Passos
_Duas crianças jogam para conseguir mais biscoitos, e uma delas trapaceia e consegue ganhar da outra. Por mais improvável que pareça, essa narrativa foi parte de uma propaganda de biscoitos. Peças publicitárias como essas incitam grandes discussões e lançam a pergunta: afinal, é ético fazer propaganda para crianças? Para a psicóloga do projeto Criança e Consumo, Laís Fontenelle Pereira, não, pois “nos dias de hoje a criança aprende, desde muito cedo, através da comunicação mercadológica dirigida a ela, valores distorcidos do tipo: para ser é preciso ter”, explica.
_Outro fator agravante na publicidade dirigida ao público infantil, na opinião da psicóloga, é o fato de que a propaganda utiliza personagens e elementos do universo infantil, para um público poucas vezes capaz de distinguir isso. De acordo com Pereira, dentre as conseqüências do investimento maciço em publicidade infantil estão: incidência alarmante de obesidade infantil, a violência, a sexualidade precoce, o materialismo, estresse familiar e o desgaste das relações sociais.
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_Este comercial, já banido na Nova Zelândia, é um claro exemplo de publicidade abusiva, pois transmite valores distorcidos, estimula a criança, futuro adolescente, a agir de forma a colocar em risco a sua própria segurança, além de incitar a transgressão da Lei de Trânsito.
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