Pensamentos ocultos de uma mulher
Por Sumaia Árabe
Primeira Parte
Tinha passado uma semana desde o susto que levara. Sabia que a partir de agora tudo iria mudar, assim falou. Mas ainda não entendia exatamente o que tinha acontecido, tudo ao seu redor parecia estar normal. Ela lembrava que a primeira coisa que tinha feito era verificar se tudo estava no lugar e aparentemente estavam.
Por Sumaia Árabe
Primeira Parte
Tinha passado uma semana desde o susto que levara. Sabia que a partir de agora tudo iria mudar, assim falou. Mas ainda não entendia exatamente o que tinha acontecido, tudo ao seu redor parecia estar normal. Ela lembrava que a primeira coisa que tinha feito era verificar se tudo estava no lugar e aparentemente estavam.
Alguma coisa tinha mudado. Sabia pelo cheiro fétido de sangue ainda estava em suas mãos. Podia lavar uma, duas, três vezes ou até surrar a própria mão, o cheiro não saia. Estava todo lugar, mesmo depois de ter lavado os lençóis, mesmo não mancha nenhuma. O cheiro fétido continuava. O pior era saber que aquele sangue tinha saído do seu corpo. Tudo parecia estar igual, mas como conviver com aquele cheiro o resto da vida? Não sabia e sentia ânsia ao pensar. A mãe gritou da escada: “Desça! Todo mundo já está aqui.” Era o rotineiro almoço dos dias de domingo. Desceu as escadas. A família estava toda lá. Quando a mãe a viu, logo gritou: “Aí está ela, a mais nova mocinha da casa!”
Não sabia o que era mais forte o ódio ou a vergonha que sentira. Por um momento fechou os olhos, quando abriu a sala estava cheia de sangue. Não seu sangue fétido, era sangue dos outros
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