segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Prova dos Nove

Comunidade acadêmica se reúne na Uneb para interagir com a comunidade
por Rebeca Caldas


Entre os dias 28 e 31 de outubro, aconteceu na Universidade do Estado da Bahia a 1ª Siepex (Semana Integrada de Ensino e Pesquisa e Extensão), que reuniu a XII Jornada de Iniciação Científica (IC), o 3º Seminário de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação, o Workshop de Inovação Tecnológica, o Seminário de Extensão e a I Semana de Monitoria de Ensino, além de expor atividades de promoção da Educação Básica e Popularização da Ciência.

A 1ª Siepex fez parte da programação de comemoração dos 25 anos da Uneb, que se realizará pelo ano todo. Hebert Correia, que faz parte da Coordenação de Difusão e Popularização da Ciência, afirmou que o evento foi uma exposição unificada de todas as pro - reitorias da Uneb: Extensão, Pesquisa e Ensino, e serviu como um demonstrativo, a intenção é que continue nos próximos anos.

O evento teve como objetivo a apresentação de trabalhos, projetos desenvolvidos na universidade e divulgação dos seus resultados. Para isso, o espaço da Uneb foi preenchido por vários stands, nos quais os expositores falavam diretamente com o público, e as salas de aula, juntamente com os auditórios foram utilizados para a apresentação de trabalhos e workshops.



O público-alvo da 1ª Siepex foi a comunidade, sendo ela acadêmica ou não, a entrada era franca, bem como a maior parte da programação. Isto mostra uma preocupação do meio acadêmico em aumentar a interação com a sociedade, mostrando o conhecimento que é gerado dentro dele. Segundo Correia, esse evento buscou divulgar as ações acadêmicas de uma forma popular, não distorcendo o conhecimento nela produzido, facilitando o acesso ao conhecimento.




Para isso, foi necessário que os expositores utilizassem uma linguagem popular, buscando proporcionar no interlocutor uma boa compreensão sobre o que lhe foi exposto. Gustavo Miranda, que estuda numa linha de pesquisa voltada para a popularização da ciência na Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), instituição parceira do evento, citou Albert Sabin, que defendia que o conhecimento não deveria ficar na prateleira. Neste sentido, o pesquisador buscou adequar ao máximo a forma de linguagem com a do público ouvinte, fazendo analogias com aspectos da sua realidade. O desenvolvimento de estratégias, como a utilização de recursos audiovisuais foi muito utilizado no evento para prender a atenção dos visitantes.

Outro aspecto do evento foi o intercâmbio entre estudantes, pesquisadores e professores das diversas áreas de conhecimento presentes na universidade. Além da comunidade da Uneb, foi possível a participação de membros de outras instituições universitárias de Salvador, como alunos da Faculdade da Cidade, Universidade Católica de Salvador, Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet-Ba), Faculdade Social da Bahia, entre outros.

Além disso, pelo fato da Uneb ser multicampi, houve a interação entre alunos de Salvador e outros advindos das unidades de ensino localizadas no interior do Estado. Com isso, foi possível dar visibilidade ao conhecimento produzido nestes locais, o que nem sempre acontece no ambiente da universidade. É o caso de Aline Tavares, estudante de Ciências Biológicas da unidade de Senhor do Bonfim e bolsista da Fapesb, que apresentou um trabalho de iniciação científica sobre Parasitologia. A estudante ressaltou que nesses eventos, as pessoas podem saber o que acontece em cada campus, pois, segundo ela, normalmente aqui não há intercâmbio, não se tem noção do que está acontecendo lá.


A programação da 1ª Siepex contou com a participação de atividades artístico culturais, referente às diversas linguagens. Na área de literatura, houve recital de poesia, um espaço literário, exposição e apresentação de cordéis, além da realização de noites de autógrafos. O artesanato foi apresentado em vários stands, com exposição de roupas decoradas, bijuterias, bolsas, calçados, entre outros. Houve mostra de vídeos e apresentação de grupos de break, rap, discotecagem, performances de grafite, samba de roda e percussão. No último dia, as bandas Radiola e Folha de Chá encerraram o evento.

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